quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O hall como cartão de visitas

Patrícia Drummond

Primeiro, vamos convencionar de qual hall estamos falando. Não é o de cada apartamento. É o do prédio, o cartão de visitas do condomínio, onde ficam quadros, esculturas e móveis. Se ele está para ser decorado ou redecorado, contratar um profissional da área é um bom investimento para não correr o risco de errar. E nada de palpites! O hall não pode parecer à casa de ninguém: tem que ser um ambiente austero, porém, que as pessoas achem bonito. É um local de passagem, e não para ficar.
É uma unanimidade entre arquitetos e decoradores: halls de entrada devem ser decorados com poucos elementos e sem muitos modismos; não podem ser comprometedores no gosto. Poucos itens, neutros e de linhas clássicas e eternas ...
Na escolha dos móveis, prefira os mais resistentes ao uso. As almofadas darão o toque especial, desde que a padronagem combine com todo o ambiente e sejam bem feitas. Nas áreas descobertas, móveis de ferro, pintados de branco, podem ser românticos, práticos, bonitos e duráveis.
É raro encontrar um hall que não ostente uma dupla de aparador com espelho. Nesse caso, o aparador funciona bem em um local de passagem, servindo de apoio para um arranjo ou escultura, e o espelho confere amplitude ao ambiente. Para os aparadores, pode-se escolher entre madeira, mármore, alumínio, ferro. Os bancos também são uma ótima opção para halls: com design moderno e, geralmente, estrutura de madeira, eles são menos confortáveis que um sofá ou poltrona, por exemplo, diminuindo a chance de que alguém se instale nele por muito tempo - afinal, não é essa a função do hall.

Hoje em dia, algumas soluções arquitetônicas criadas por profissionais costumam resolver bem nesse tipo de ambiente, como, por exemplo, painéis de madeira forrando as paredes, que aquecem e dão aconchego ao local. Ou texturas, que também ajudam a colorir o ambiente e são mais duráveis. Lambris, biombos ou pinturas especiais podem disfarçar portas ou acessos de garagem.

São soluções que, inclusive, diminuem a incidência do uso de quadros - em alguns condomínios, eles existem aos montes, e o pior: de pintores duvidosos. Melhor uma bonita reprodução, arte popular, do que certos horrores que se vê, em matéria de quadros, em certos halls de prédios. Em questão de arte, a qualidade deve superar a quantidade, quando a verba inexistir ou for pequena para as aquisições. Isso, sem contar que, embora as telas estejam, atualmente, mais acessíveis, é difícil agradar a todos os moradores em relação ao estilo do quadro ...

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