Patrícia Drummond
Como bem define, em artigo, o consultor do IDHEA - Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica, Márcio Augusto Araújo, não há casa sustentável sem ser saudável. A sustentabilidade de uma obra moderna é avaliada pela sua capacidade de responder de forma positiva aos desafios ambientais de sua sociedade, sendo ela mesma um modelo de solução.
Segundo o especialista, a finalidade de uma construção sustentável não é apenas preservar o meio ambiente, mas também ser menos invasiva aos seus moradores. Deve funcionar como uma segunda ou terceira pele do próprio morador, pois é sua extensão, como ensina o geobiólogo espanhol Mariano Bueno.
Ou seja: nossas casas ou apartamentos são nossos ecossistemas particulares, e, assim como no planeta Terra, todas as interações devem ocorrer reproduzindo ao máximo as condições naturais: umidade relativa do ar, 
temperatura, alimento, geração de resíduos e sua transformação, conforto, sensação de segurança e bem-estar.
Tudo isso começa na escolha dos materiais -- a partir da definição de um projeto consciente --, que deve, em princípio, obedecer a critérios de preservação, recuperação e responsabilidade ambiental. Como, por exemplo, materiais e tecnologias biocompatíveis, que melhoram a condição de vida do morador ou, no mínimo, não agridem o meio ambiente em seu processo de obtenção e fabricação, nem durante a aplicação e em sua vida útil.
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